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ÍNDICE ABCR RECUA 1,8% EM 2015, NA COMPARAÇÃO COM 2014

Publicado pela ABTLP

Na comparação de dezembro/15 com dezembro/14, o indicador registrou queda de 3,9%.

O índice ABCR de Atividade registrou queda de 1,8% em 2015, na comparação com 2014. No período, o fluxo de veículos pesados caiu 6,0% e o movimento de leves recuou 0,4%. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

“O resultado anual do Índice ABCR reflete exatamente nosso cenário de 2015: queda de consumo, de renda e de produção industrial, e aumento na taxa de desemprego. A produção industrial, por exemplo, já acumula perda de 8,1% em 2015, nos dados até novembro. E, como já sabemos pelos dados históricos do índice ABCR, quando cai a produção, cai o movimento de caminhões nas estradas. O resultado é essa queda de 6,0% no fluxo de veículos pesados nas rodovias concedidas. E o mesmo aconteceu com veículos leves, embora num ritmo menor. Temos, por exemplo, uma queda de renda média da ordem de 8% em 2015. Menor renda e mais desemprego também significam menos carros nas estradas e temos, portanto, uma queda de 0,4% no Índice ABCR para carros de passeio”, analisa Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria.

Na comparação dos dados de dezembro/15 com novembro/15 e ajuste sazonal, o indicador apresentou avanço de 3,2% no movimento total, e crescimento de 0,4% e 4,1% no fluxo de veículos pesados e leves, respectivamente.

“É importante explicar que, em novembro, foi registrada uma queda muito acentuada no fluxo de veículos leves, o que gerou uma base de comparação muito baixa, especialmente para veículos leves. Esse resultado positivo de dezembro, precisa, portanto, ser relativizado, pois decorre em grande parte de um efeito estatístico. Em novembro/15, foi registrada uma queda de 6,8% no movimento de veículos leves. Esse crescimento de dezembro/15 na comparação com o mês anterior parece, portanto, ser uma recuperação parcial. Precisamos de resultados positivos sistemáticos antes de pensarmos numa inversão da curva de queda do movimento que estamos presenciando nos últimos meses”, completa o economista.

Na comparação de dezembro/15 com dezembro/14, houve queda de 3,9% no movimento geral, redução de 5,4% no fluxo de pesados e de 3,5% no de leves. “Assim como no resultado anual, os dados de dezembro/15 contra o ano anterior também nos permitem enxergar os resultados da crise econômica no movimento das estradas de uma forma mais ampla e essa análise é fundamental para termos uma leitura de cenário mais profunda. Os gráficos abaixo mostram como evoluiu a curva de tendência ao longo do ano, com quedas mais acentuadas no movimento de caminhões”, conclui Bacciotti.

indice ABCR Brasil

Fonte: ABCR e Consultoria Tendências

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