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Primeiro semestre do ano aponta recuperação dos Operadores Logísticos

Publicado pela ABTLP

Segundo a ABOL, mesmo com momentos de impactos diretos ao setor, o período foi de recuperação

Primeiro semestre de 2022 é marcado por recuperação dos Operadores Logísticos, segundo a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL). Os operadores de grande porte, com faturamento anual a partir de R$ 601 milhões, se mostraram mais resilientes diante das dificuldades impostas pelos constantes aumentos do diesel pela Petrobras e de “utilities” (energia, água). A inflação reduziu sobremaneira o poder de compra do cidadão e, consequentemente, interferiu na demanda por operações logísticas.

“Temos observado um setor otimista, porém cauteloso, pois também vivemos um momento pré-eleitoral ainda bastante instável e indefinido. Seguimos acompanhando as mudanças e na defesa pela aprovação do Projeto de Lei 3.757/2020, que visa regulamentar a atividade do Operador Logístico no Brasil, trazendo mais segurança jurídica. Atualmente, ele tramita na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados, que foi muito receptiva ao texto”, destaca a diretora presidente da ABOL, Marcella Cunha, que após mais de um ano à frente da Associação, mantém o tema como prioridade.

Em contrapartida às expectativas otimistas do mercado, o grande desafio, aponta Marcella, será o de garantir investimentos robustos em pessoas, inovação e tecnologia – pilares essenciais para o desenvolvimento do setor – caso o cenário econômico brasileiro perdure. Ela observa que os atuais entraves precisam ser mitigados por políticas públicas mais estruturadas, permanentes e sistêmicas, ou seja, que impactem todos os elos da cadeia de suprimentos, do produtor ao consumidor final.

“Os operadores nunca investiram tanto em tecnologias e inovação de processos para que os serviços ofertados fossem realizados da forma mais inteligente, eficiente e econômica possível e precisarão seguir essa tendência para acompanhar as constantes transformações, principalmente no que se refere ao comportamento de consumo”, afirma a diretora presidente.

Vale lembrar que os incrementos tecnológicos ganharam um boom principalmente no período pandêmico, devido ao aumento das vendas online gerado pelo isolamento social. O consumidor se tornou mais exigente e os operadores precisaram se adequar, focando no processo e melhorando a interface com fornecedores/clientes e a distribuição de última milha (“last mile”).

Os dados apresentados na última edição da pesquisa com o Perfil do Operador Logístico mostram que quem atende o e-commerce investe mais em Integração Tecnológica com clientes e fornecedores (91% vs 85%); Veículos Elétricos (43% vs 9%); Drones (23% vs 6%); Realidade Expandida (17% vs 6%); Veículos Autônomos (14% vs 3%); Computação em Nuvem (80% vs 62%); Data Analytics, usando Machine Learning e Inteligência Artificial (43% vs 21%), e Blockchain (11% vs 6%).

Fonte: Frota&Cia

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