Estado alega que Ministério da Saúde não enviou as doses específicas para a categoria
Em resposta a questionamento feito pelo Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos (Sindicam) de Mato Grosso, a Secretaria de Saúde daquele Estado afirmou que não tem como priorizar os motoristas na vacinação contra a covid-19.
A categoria é tida como prioritária no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas, segundo a secretaria, o Ministério da Saúde não enviou aos municípios a remessa de vacinas destinada especificamente ao grupo.
O órgão também alega que o PNI estabelece prioridades dentro de prioridades. E que, não havendo doses para todo mundo, a vacinação das categorias prioritárias deve ser iniciada pela faixa de idade mais velha (50 a 59 anos) e ir baixando para a mais nova (18 a 29 anos).
“Inexiste a possibilidade legal e técnica de alterarmos a ordem de priorização para a vacina contra a covid estabelecida pelo PNI, sob pena de prejuízos reais à operacionalização da imunização mato-grossenses”, diz a secretaria.
O presidente do Sindicam de Mato Grosso, Roberto Pessoa Costa, está revoltado com a resposta do órgão. “A única categoria que não baixou a cabeça, que não parou em momento nenhum da pandemia foi a dos caminhoneiros. O governo não pode nos tratar dessa forma”, afirmou ele à Revista Carga Pesada. “Estão morrendo motoristas (de covid) todos os dias e o governo não podia fazer isso com a gente”, protestou.
A reportagem questionou o Ministério da Saúde se o entendimento do Estado de Mato Grosso está correto, mas ainda não recebeu resposta.
Fonte: Revista Carga Pesada
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