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Estudo do Inmetro avalia técnicas de determinação de composição de biometano

Publicado pela ABTLP
Fonte de energia renovável fundamental para reduzir as emissões de carbono e usado como combustível alternativo, biometano tem mais de 900 plantas instaladas no país

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por meio do seu Laboratório de Análise de Gases (Lanag), liderou um estudo para avaliar as diferentes técnicas que determinam a composição do biometano.

A Colaborativa, a pesquisa envolveu dez participantes de várias regiões do Brasil. Assim, a iniciativa faz parte dos esforços do Inmetro para explorar novas metodologias analíticas, que possam oferecer uma abordagem mais acessível e eficiente à indústria de biometano no país.

O biometano é uma fonte de energia renovável fundamental para reduzir as emissões de carbono, promover a sustentabilidade ambiental e pode ser usado como um combustível renovável alternativo ao gás natural.

Atualmente, existem mais de 900 plantas de produção de biometano, distribuídas em todo o Brasil. Ele é produzido a partir do reaproveitamento de uma variedade de resíduos, incluindo rejeitos de aterros sanitários e resíduos agroindustriais.

De acordo com o Inmetro, a importância desse estudo reside na capacidade de avaliar metrologicamente tecnologias alternativas que podem ser utilizadas na análise dos componentes do biometano, contribuindo assim para a diversificação da matriz energética do país e para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Além disso, a pesquisa também destaca o compromisso contínuo do Inmetro em promover a inovação e o avanço tecnológico em setores-chave para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Regulamentação

Por conta disso, a regulamentação do biometano é feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) – resoluções 886 e 906, de 2022 – que exigem o uso de técnicas analíticas específicas, como a cromatografia gasosa, para garantir a qualidade e a segurança do produto final.

“Foram fornecidos dez cilindros com a composição sintética similar ao do biometano para os dez laboratórios participantes do estudo, a fim de que determinassem a composição dentro de cada cilindro. Cinco laboratórios utilizaram a técnica de cromatografia gasosa (regulamentada) e os outros cinco utilizaram (técnicas alternativas) mais baratas”, explica a pesquisadora do Inmetro, Cristiane Rodrigues Augusto.

A pesquisadora Cristiane Rodrigues Augusto, do Laboratório de Análise de Gases (Lanag)do Inmetro, explica a metodologia do estudo sobre a composição do biometano

Inmetro Alemanha

O estudo foi financiado pelo Instituto de Metrologia da Alemanha sob o tema de energias renováveis, com apoio financeiro do Physikalisch-Technische Bundesantalt (PTB).

O resultado desta pesquisa, que deve ser divulgado até o final deste mês de abril, vai avaliar técnicas alternativas e descritivas nos regulamentos quanto à capacidade metrológica de medição dos componentes do biometano.

Tal abordagem visa equilibrar a necessidade de precisão analítica com a busca por alternativas mais acessíveis que não comprometam a qualidade do produto.

Mercado

A pesquisadora Cristiane, ainda explica a necessidade da pesquisa: “Hoje, a produção e análise do biometano via a técnica de cromatografia gasosa, ainda é cara no Brasil e quase inviável para o pequeno produtor. Porém, o uso deste energético é muito importante para o meio ambiente. Foi por isso que a gente coordenou esse estudo colaborativo para que o mercado de biometano avance, uma vez que é muito importante esse tipo de solução sustentável para o planeta”, concluiu.

Além disso, o Inmetro também possui serviços de análise, calibração e validação de metodologias analíticas voltadas para a área de biogás e biometano, no âmbito de seu Laboratório de Análise de Gases (Lanag):

Pesquisadores no Laboratório de Análise de Gases (Lanag) do Inmetro

Fonte/Imagens:  INMETRO

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