Já é o terceiro mês seguido de queda e o pior desempenho para o mês em quatro anos
A produção industrial brasileira recuou 0,3% em julho, em comparação com o mês anterior, de acordo com um novo informe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já é a terceira queda mensal consecutiva do setor e o pior resultado para o mês de julho desde 2015, quando o índice foi de -1,8%. Na comparação com julho de 2018, a queda foi mais acentuada: 2,5%.
As principais quedas foram em produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1,0%), que, juntos, representam cerca de 22% de toda a produção industrial.
As outras quedas mais significativas foram nos ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,8%), de outros equipamentos de transporte (-11,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%) e de produtos de madeira (-5,5%).
As maiores altas foram das atividades de manutenção, reparação e instalação de máquinas (8,4%), produtos do fumo (6,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%) e perfumaria e produtos de limpeza (6,3%).
Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (1,4%) e de bens de consumo duráveis (0,5%) registraram altas em junho, eliminando parte das perdas acumuladas nos meses de maio e junho.
Entre as atividades, indústrias extrativas (-12,1%) permanecem como a maior influência negativa em 2019, ainda como reflexo da tragédia de Brumadinho (MG) na produção de minério de ferro da Vale.
Os economistas das instituições financeiras projetam um cenário de estagnação para a produção industrial no ano, de alta de 0,08%, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para o resultado do PIB de 2019 do Brasil, a previsão atual do mercado é de uma alta de 0,87%.
Fonte: Reuters
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