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SITIVEP REALIZA FORUM DE SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Publicado pela ABTLP

forum2016

O Departamento de Segurança e Meio Ambiente do SITIVESP (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo) promoveu no dia 21 de outubro, o 14º Fórum de Segurança e Meio Ambiente. A abertura foi realizada pelo presidente Executivo do Sindicato, Antonio Carlos de Oliveira, que agradeceu o apoio e a presença de todos, bem como o trabalho desenvolvido pelo Departamento no sentido de orientar as empresas do setor.

O primeiro tema abordado envolveu as áreas classificadas – “Manipulação de inflamáveis: Como resolver os problemas das NR10 e NR20 de maneira revolucionária.” A palestrante Flávia Santos, coordenadora do Programa de Emissões Fugitivas da Braskem, explicou que a maior preocupação é manter a segurança das unidades industriais, para tanto é preciso trazer conhecimento para quem trabalha nas áreas de Segurança, Meio Ambiente, Elétrica e Instrumentação. “Tudo que diz respeito a desmistificação do risco. Saber o que é uma área classificada, saber quais são os riscos envolvidos e o que as empresas precisam tomar cuidado para não causar nenhum incidente ou até um incêndio, uma explosão.”

Em relação às NR ela diz que as empresas precisam seguir e cumprir a legislação para que não sofram penalidades. “Através das NR 10 e 20 temos condições de fazer um bom gerenciamento de risco dentro dessas empresas, basta ter um bom grupo, um comitê especialista em área pré-classificada e fazer um plano de ação periódico para que esse trabalho esteja permanentemente atualizado.”

Os “Desafios e oportunidades para a gestão de resíduos rumo à economia circular” foram apresentados pela palestrante Gabriela Otero, coordenadora Técnica da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), que mostrou dados recentes do setor, geração, coleta e disposição final de resíduos sólidos urbanos, destacando como a indústria e os setores industriais podem assimilar uma gestão sustentável através de um sistema de economia circular.

Segundo ela é pensar o resíduo no ciclo produtivo não apenas dando uma destinação correta, mas criando uma maneira de reinseri-lo na cadeia como um insumo, deixando de consumir recursos naturais, passando a dar o exemplo para os outros setores da sociedade.

Gabriela afirma que todos os setores têm potencial, não só dentro da própria indústria, mas na economia de recursos de energia e de água. No setor de tintas ela cita como exemplo o aproveitamento dos restos de tinta. “O setor de tintas tem que pensar no lado de dentro, mas também no de fora. É um setor no qual as pessoas consomem muito, então a indústria tem esse papel importante.”

Eduardo Leal assessor Técnico da ABTLP (Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos) e Silvio Patente, secretário Executivo da ABTLP, falaram sobre produtos controlados pela Polícia Federal no transporte de produtos perigosos.

Leal explicou os principais diplomas legais dentro do licenciamento de produtos controlados pela Polícia Federal, mostrando um explicativo do que é produto perigosos, o como adequá-lo ao processo de licenciamento ambiental. “Não existem novidades, o que houve foram intensificações na fiscalização, outros órgãos governamentais também estão atentos ao processo de licenciamento da PF e isso acaba abrindo os olhos de todo mundo para esse licenciamento e cobrando, de alguma forma, do transportador, embarcador, destinatário, que todos façam parte desse processo.”

Finalizando as palestras, o Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Eduardo Nocetti Holms falou sobre a atuação do Corpo de Bombeiros em incêndio em terminal petroquímico, versando exclusivamente sobre a maior ocorrência registrada que foi a de 2015, na Alemoa, em Santos. “Ela foi considerada a segunda maior do mundo, em termos de tempo de duração e recursos empenhados e, no Brasil, a maior ocorrência desse tipo”, explica.

Para Holms o mais importante é que a empresa tenha cuidados locais importantes, como manutenção preventiva, manutenção corretiva para quando surgir algum problema e, principalmente, no caso da indústria, permitir a integração entre todos os órgãos através de um plano de auxílio mútuo do qual devem participar bombeiros, Cetesb, Defesa Civil Municipal, forças armadas, polícia Militar e todas as empresas que tenham recursos e que possam ser utilizados numa ocorrência dessa natureza. “A participação dos planos de auxílio mútuo é fundamental para que recursos possam ser unidos e para poder trabalhar na visão da extinção do incêndio.”

Para o Coordenador do Departamento de Segurança e Meio Ambiente do SITIVESP, Valdemar Aparecido Conti, o Fórum é muito importante pois busca repassar aos associados informações, palestras, treinamentos sobre coisas que eles vislumbram no dia a dia, na necessidade das empresas. “Durante o ano vamos mapeando, monitorando e vendo o que podemos trazer de palestras para contribuir com esse trabalho.”

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