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Barril de petróleo cai a US$ 25 nos EUA, menor nível desde 2003

Publicado pela ABTLP

Já o barril de Brent era negociado abaixo de US$ 28 com aumento de medidas de isolamento e redução da demanda.

As cotações de petróleo prosseguem em queda nesta quarta-feira (18) e o barril de referência nos Estados Unidos, o WTI, registrou o menor preço em 17 anos, à medida que restrições a viagens e medidas para isolamento social se espalham para tentar conter a disseminação do coronavírus, o que reduz a demanda pela commodity.

Às 8h26 (horário de Brasília, o petróleo Brent recuava 1,05 dólar, em Londres, ou 3,65%, negociado a US$ 27,68 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos caía 1,61 dólar, ou 5,97%, a US$ 25,34 por barril.

Mais cedo, o Brent tocou o menor nível desde o início de 2016, a US$ 27,56, enquanto o WTI chegou a tocar US$ 25,06, menor nível desde o fim de abril de 2003, segundo a Reuters.

A última vez em que o petróleo nos EUA chegou a esse nível foi quando os Estados Unidos invadiram o Iraque e a China havia apenas iniciado sua ascensão como potência global que impulsionou o consumo de petróleo para níveis recordes nos anos seguintes.

A cotação do petróleo vem sendo pressionada pelos temores de recessão global e também pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia por maior participação de mercado.

“O colapso na demanda por petróleo devido à propagação do coronavírus parece cada vez maior”, disse o Goldman Sachs em nota, projetando que o Brent pode cair a até US$ 20 por barril no segundo trimestre, um nível não visto desde o início de 2002.

O banco espera uma contração na demanda de 8 milhões de barris por dia no final de março e uma queda anual em 2020 de 1,1 milhão de bpd, o que afirma que seria a maior já registrada.

Países como Estados Unidos e Canadá, além de nações na Europa e na Ásia, estão tomando medidas sem precedentes para conter o vírus, que já matou 7.500 pessoas. Diversos governos ordenaram a restrição de movimentos e o fechamento de negócios, reduzindo a demanda por combustíveis.

“No momento, a preocupação predominante é de que todas as paralisações em quase tudo levarão a uma recessão”, disse Michael James, diretor administrativo de negociação de ações da Wedbush Securities.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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