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Qual veículo causa mais danos ao meio ambiente: o elétrico ou a combustão?

Publicado pela ABTLP

A fabricação tanto dos veículos elétricos, quanto os a combustão, resulta na emissão de gases poluentes e danos ao meio ambiente. Entenda!

Você sabia que é possível um veículo elétrico poluir e causar danos ao meio ambiente mais que um movido à combustão? Pois é! Ao analisar rapidamente a questão, não nos parece muito coerente, no entanto, é o que tudo indica. Vejamos!

A fabricação, tanto dos carros elétricos, quanto os a combustão, resulta na emissão de gases poluentes. Contudo, o que nem todos sabem – ou sabiam, até agora- é que a produção dos elétricos polui muitas vezes mais, sobretudo pelas baterias para recarregá-los.

Mas, você pode estar se perguntando: “Em Fernando de Noronha, por exemplo, estão proibidos os automóveis com motor a combustão, justamente pensando na preservação do meio ambiente”.

Sim, mas, para tomar essa decisão, foram tomadas algumas medidas previamente.

Poluição dupla
Em Fernando de Noronha, por exemplo, existe uma torre de geração eólica que abastece 10% da energia elétrica consumida na ilha, ficando os 90% restantes a cargo de um gerador a diesel, evitando que os veículos emitam gases poluentes.

Vale ressaltar que, ainda assim, ao recarregar a bateria esses carros elétricos estão poluindo muitas vezes mais que um carro flex abastecido com etanol, por exemplo. Porém, essa poluição é deslocada do escapamento para o local da usina geradora de energia.

Energia limpa
Alzenira da Rosa Abaide é professora titular da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Alzenira da Rosa Abaide, professora titular da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, mestre e doutora em Engenharia Elétrica, em referência ao que ocorre em Fernando de Noronha, há um descolamento apenas da poluição de abastecimento do veículo com etanol, por exemplo, para abastecer com energia elétrica. “Estão gerando sim, lá, com óleo diesel, que é um crime. Já geram energia através de combustíveis fósseis para fornecer energia para a Ilha, mas não é admissível. A ilha também é capaz de gerar a quantidade que será autossuficiente de energia solar. Eu não conheço a fotovoltaica naquela região, mas, é bem possível que também possa gerar, então essa geração com óleo diesel é o fim dos tempos”, garante.

Abaide reforça, ainda, que o veículo elétrico vai, por si só, gerar muito menos agressão ao meio ambiente, por exemplo, em grandes cidades como as existentes no Japão, na China, que têm uma alta concentração de veículos.

E, por consequência, um problema de qualidade do ar muito grande, que, com a utilização do veículo elétrico, está sendo reduzido.

“Porém, eles não são tão abençoados como nós em relação ao potencial de geração de energia renovável e limpa. O que está acontecendo lá? Eles estão retirando a alta da concentração de gases tóxicos das grandes cidades onde afetam um número muito maior de pessoas, e estão se afastando das grandes metrópoles e, realmente gerando energia de uma forma errada, eu diria, para os tempos de hoje. Porém, estão trazendo ainda assim benefício muito grande para a maioria da população”, considera e acrescenta.

“Reforço que as baterias dos veículos elétricos têm uma vida útil bastante grande. São oito anos de vida útil hoje. E depois disso elas podem usar como fonte de energia, pode ser até particular em residências ou em um grande sistema conectado. E, até que a vida útil dessas baterias acabe, eu aposto que nós teremos maneiras para reciclá-las. Ou talvez para amortecê-las ou desativá-las em termos de poluição ambiental. Isso para todo o mundo, porque, para o Brasil é só nós gerarmos a nossa energia limpa”, finaliza.

Fonte: Portal do Trânsito

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