Última clínica do Hub de Biocombustíveis e Elétricos reforça compromisso com transição energética e COP30
Com foco na descarbonização do transporte, o Sistema Transporte sediou, nessa quinta-feira (12), a quinta e última clínica do Hub de Biocombustíveis e Elétricos, iniciativa promovida pelo Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) – Rede Brasil, em parceria com a Scania. O encontro reuniu representantes de diversas instituições para discutir o financiamento de soluções energéticas de baixo carbono voltadas ao setor de transporte.
O Sistema Transporte foi representado pelo diretor adjunto nacional do SEST SENAT, Vinicius Ladeira, que participou da mesa de abertura do encontro. Junto com ele estava o CFO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, Rodrigo Favetta. Na mesa, ambos destacaram a importância de articular esforços para avançar na transição energética e no enfrentamento das mudanças climáticas.
Vinicius Ladeira destacou que o setor de transporte tem avançado, de forma significativa, em direção a soluções mais sustentáveis. Segundo ele, programas como o Despoluir e outras iniciativas do Sistema Transporte refletem o compromisso com uma agenda ambiental responsável. “Temos desenvolvido ações concretas para tornar o transporte cada vez mais eficiente e sustentável. Os ônibus, por exemplo, emitem menos CO2 por passageiro do que os carros, o que demonstra o potencial do transporte coletivo para contribuir para a redução das emissões”, afirmou.
O diretor reforçou, ainda, que a transição energética precisa considerar diferentes soluções adaptadas à realidade de cada região e modal. Ele também enfatizou a importância do financiamento para viabilizar essa transformação e anunciou que o Sistema Transporte ampliará sua presença na COP30, com a Estação do Desenvolvimento, espaço que terá apoio institucional do Pacto Global. “É a primeira vez em que teremos um espaço próprio em uma COP. Estamos construindo uma voz propositiva para o setor na agenda climática global”, disse.
Já Favetta reforçou o simbolismo de a COP30 ser sediada no Brasil, no coração da Amazônia, e destacou a relevância de ter o Sistema Transporte como parceiro estratégico. Para ele, a Entidade é muito importante para trazer credibilidade à iniciativa do Pacto Global e promover outras que garantam uma agenda de mobilização e sensibilização para a pauta da descarbonização do setor. “Este é um momento importante para discutirmos, com o setor privado e junto com a parceria com o Sistema Transporte temas centrais da sustentabilidade”, concluiu.
Pontes para o financiamento climático
O Sistema Transporte também esteve presente no painel sobre soluções e estratégias para viabilizar o financiamento climático. O gerente executivo de Governança e Gestão Estratégica da CNT, João Guilherme Abrahão, contribuiu com reflexões sobre linhas de crédito no país e questões ligadas ao ambiente regulatório brasileiro.
João Guilherme também reforçou que os investimentos em rodovias são essenciais para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. “Investir em estradas é também investir em sustentabilidade. Rodovias em boas condições reduzem o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa”, avaliou.
Para ele, outro ponto estratégico é a renovação da frota nacional. Mesmo antes da adoção, em larga escala, de veículos elétricos ou movidos a biocombustíveis, a substituição de veículos antigos por modelos mais modernos já representa uma contribuição significativa para a redução das emissões.
Ainda nos painéis de debate do encontro, as discussões giraram em torno da importância de coordenar diferentes atores, como governo, setor privado e instituições financeiras, para avançar na agenda da sustentabilidade. Os participantes reconheceram que esse é um tema desafiador, que exige articulação, planejamento e engajamento coletivo para transformar compromissos em ações concretas.
Rumo à COP30
O Hub faz parte do Programa do Pacto Rumo à COP30, iniciativa que busca integrar a agenda climática às estratégias empresariais. O objetivo é acelerar a transição do Brasil para uma economia resiliente e de emissão líquida zero, com base em princípios de justiça social, inclusão e transparência.
Fonte/Imagem: Confederação Nacional do Transporte
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