CNT defende a criação de um plano de Estado para a logística e infraestrutura como caminho para fortalecer o modal ferroviário e aumentar a competitividade do setor produtivo
A construção de um planejamento de longo prazo para a infraestrutura e logística do país que vá além dos ciclos de governo e promova a continuidade nos investimentos foi defendida como essencial para aumentar a competitividade do transporte ferroviário e impulsionar o setor produtivo nacional. A proposta é que a logística seja tratada como um plano de Estado, com projetos duradouros, segurança jurídica e participação ativa do setor privado.
Essa foi a principal mensagem levada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) ao evento “Desafios Logísticos e Competitividade”, realizado nesta terça-feira (5), em Brasília (DF). Promovido pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), o encontro reuniu especialistas, parlamentares e representantes dos setores público e privado para discutir os avanços do transporte ferroviário e a competitividade da produção nacional.
Durante o painel sobre competição entre modais e o escoamento da produção, o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza, destacou que a expansão do modal ferroviário é estratégica para tornar a matriz de transportes mais equilibrada e eficiente. Segundo ele, projetos contínuos e bem planejados são fundamentais para modernizar o setor e garantir a integração logística do país. “A logística deve ser um plano de Estado. Com investimentos duradouros, que mantenham a linha de continuidade independentemente do governo atuante, fortalecemos toda a cadeia produtiva”, afirmou.
Participaram do painel, ao lado do representante da CNT, Luis Baldez (Anut), Wagner Cardoso (CNI), Luiz Antonio Pagot (IPA/FPA) e Elisângela Lopes (CNA). Os participantes destacaram a defasagem da infraestrutura de transporte no Brasil frente à expansão do agronegócio e da indústria. O debate concentrou-se na urgência de superar os entraves que limitam o desenvolvimento logístico do país.
Os especialistas também defenderam a necessidade de uma matriz de transportes mais equilibrada, com investimentos não apenas em ferrovias, mas também na ampliação e modernização das rodovias, que ainda respondem por 86% do transporte de cargas em longas distâncias.
Fonte/Imagem: Confederação Nacional do Transporte – CNT
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