Setor tem recuperação forte em relação ao ano de 2020, mas ainda está bem longe dos picos do passado.
A Anfavea divulgou hoje o resultado compilado do primeiro semestre do ano. Os números ainda não chegaram ao pico do passado, tampouco chegaram ao nível pré-pandemia, mas há uma tendência franca de recuperação.
“Superamos a marca de 1.074.000 unidades emplacadas, um aumento de quase 33% em relação ao ano passado”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Mas a própria Anfavea contextualiza esse momento ao lembrar que a base comparativa é baixa, uma vez que a crise já havia abatido a indústria no primeiro semestre de 2021.
Quando comparado a 2019, um ano sem pandemia, ainda estamos 18% atrás. Quando comparamos ao pico do primeiro semestre de 2013, ainda estamos com 40% a menos.
Entre os dados das vendas, há um que simboliza bem o movimento do mercado em direção aos utilitários. De acordo com a Anfavea, os SUVs já alcançaram a participação dos hatches no mercado e respondem por 39,4% dos emplacamentos, apenas 0,4% a menos.
Quanto ao número de trabalhadores da indústria automotiva, temos 102.700 pessoas, uma queda no nível de emprego em relação aos 104.100 funcionários de maio, uma diminuição de 1,8%.
A Anfavea comemora outros números. O setor de caminhões registrou o melhor resultado desde 2014, enquanto os ônibus também tiveram sua melhor marca de janeiro a junho desde 2019.
Foram 55% de aumento na venda de caminhões (59 mil unidades) em relação ao primeiro semestre de 2020. Os leves e semileves respondem por 52% do mercado, contra 15% dos pesados. Já os ônibus responderam por oito mil veículos.
Iniciada no último trimestre do ano passado, a crise dos semicondutores abateu a indústria automotiva no mundo inteiro. De acordo com pesquisa da consultoria BCG divulgada na coletiva de imprensa, a indústria automotiva perdeu globalmente 3,6 milhões de unidades. Já o Brasil deixou de fazer 162 mil veículos desde o início da crise.
Fonte: Auto Esporte
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