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Projeção de crescimento do PIB em 2019 é de 0,85%

Publicado pela ABTLP

A Secretaria de Política Econômica (SPE/ME) revisou para 0,85% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em 2019, mantendo praticamente o mesmo índice anterior, que foi de 0,81. Já a projeção de inflação (IPCA) para 2019 foi reduzida de 3,8% para 3,6%. A projeção, que faz parte dos indicadores macroeconômicos da grade de parâmetros que fundamentam o processo orçamentário, foi divulgada nesta terça-feira (10/9), em coletiva sobre o Boletim Macrofiscal, produzido pela secretaria. O Boletim Macrofiscal destaca as principais projeções para o ano e analisa a conjuntura macroeconômica e fiscal do país.

Durante a apresentação dos dados, o Secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, destacou que, embora a projeção para o crescimento da atividade no terceiro trimestre tenha sido reduzida, a melhora projeta uma recuperação da economia a partir de setembro, como resposta dos efeitos iniciais do corte de juros, da elevação da confiança e da liberação dos recursos do FGTS e PIS/PASEP.

Sachsida salientou porém que o momento é extremamente difícil para a economia brasileira e reforçou a necessidade de o país retomar com urgência o crescimento. “Estamos buscando aquilo que o ministro Paulo Guedes sempre nos orientou: temos que colocar o Brasil numa trajetória de crescimento sustentável de longo prazo e acredito que, a partir de setembro, os indicadores econômicos começam a indicar de maneira consistente uma recuperação da economia”, afirmou.

Para esse crescimento, ele citou três desafios a serem superados: “um desafio importante é a recuperação da produtividade do país, pois sem isso não haverá crescimento; outro urgente, seria o ajuste fiscal e por fim o desafio de conjuntura internacional. “Se nós não recuperarmos a produtividade da economia, não haverá crescimento sustentável de longo prazo”, frisou Sachsida. De 2010 a 2017, destacou o secretário, “a produtividade brasileira teve uma taxa de crescimento de -2,11% ao ano. Foi a herança maldita que esse governo recebeu decorrente diretamente de políticas erradas adotadas no passado. Enquanto não corrigimos o problema da produtividade, não tem crescimento de longo prazo”, alertou.

“Quanto ao segundo desafio, mesmo com o duro ajuste do atual governo, o cenário fiscal ainda é desafiador. A nova Previdência foi um pacto fundamental, mas uma ampla agenda ainda é necessária”, avaliou. Por fim, destacou, há ainda o desafio conjuntural “O cenário internacional é delicado. Existe um cenário de desaceleração generalizada com queda de crescimento em vários países”, ressaltou. De acordo com dados do Boletim, a projeção de crescimento mundial para 2019 é de cerca de 0,4 p.p. menor que o crescimento de 2018.

FGTS
A injeção de recursos do FGTS na economia, por meio da edição da Medida Provisória nº 889 pelo governo, segundo dados do Boletim, foi um fator determinante nos efeitos de curto prazo. Para o Subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Teles, entre os efeitos do novo FGTS estão a renda extra anual produzida ao trabalhador com o saque aniversário, um 14º salário, a expansão do crédito e os efeitos na redução da rotatividade e informalidade “O saque aniversário aumenta a renda do trabalhador formal com impacto positivo na economia, sem implicar em aumento de saque ou risco nas políticas sociais, como investimento em habitação e saneamento”, avaliou.

O Saque Imediato possibilita que os trabalhadores movimentem até R$ 500 de cada conta do FGTS que possuam, seja ela ativa ou inativa, tendo um efeito substancial no curto prazo. Considerando que 81% das contas possuem saldo inferior a R$ 500, há um elevado percentual de contas cujos recursos poderão ser integralmente movimentados.

Segundo dados da Caixa, serão liberados R$ 28 bilhões, em 2019, e R$ 12 bilhões, em 2020. No total, o valor disponibilizado equivale a 0,58% do PIB e 18,6% da renda habitual média das pessoas que estavam trabalhando no começo de 2019. A medida contemplará 96 milhões de trabalhadores, o que representa 46,3% da população brasileira.

Fonte: Ministério da Economia

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