Até o final do próximo semestre, o terreno da Alemoa, em Santos, doado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) deve entrar em obras e, assim, definitivamente se tornar um estacionamento rotativo para caminhões.
Foi o que afirmou o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da estatal, Luis Cláudio Santana Montenegro, ontem, durante sua participação na 12ª edição do Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, realizado no Parque Balneário Hotel, na Cidade.
Montenegro foi um dos debatedores no painel Desafios e Soluções de Infraestrutura do Porto de Santos. O projeto para a área na Alemoa, que está à disposição da Codesp desde o ano passado, é para acolher parte dos caminhões que vêm ao Porto diariamente. Quando os veículos chegam fora do horário agendado, acabam formando filas, causando transtornos à população.
A Codesp ainda estuda o que fará com o terreno. A análise deve ser concluída em janeiro. A estatal planeja utilizar o lote para armazenagem de cargas e como suporte às operações ferroviárias, além de usá-lo para o estacionamento rotativo, “Esses três projetos são antigos. O que nós (a Codesp) estamos fazendo agora é organizar essas ideias, enxergando qual o máximo de potencial de utilização dessa área”, explica Montenegro.
Dar solução ao problema das filas de caminhões na Cidade é a prioridade, segundo o diretor. Inicialmente, a área deverá abrigar cerca de mil caminhões, o equivalente a mais de 50% do total de veículos de carga que chegam a Santos todos os dias.
“O ideal seria ofertar duas mil vagas para amparar os veículos que ficam em Santos aguardando carga e descarga. Talvez a gente absorva mais do que a metade nesse primeiro momento. Mas já estamos pensando em como vamos associar outros projetos, inclusive privados, para complementar essa oferta de vagas”, ressalta.
Com a conclusão do estudo em janeiro, a Codesp prevê começar os processos burocráticos e dar início às obras no terreno ainda no primeiro semestre do ano que vem. A intenção é transformar a área em um local de comodidade ao caminhoneiro.
O estacionamento contará com banheiros, refeitório e equipamentos de segurança, para que o motorista possa aguardar nele até o momento de ir para o terminal. Ainda não está definido o modelo de exploração da área, se será administrada pela estatal ou será licitada à iniciativa privada. “Esse será o nosso último passo. Mas não é o nosso foco administrar áreas de estacionamento. Podemos também fazer uma parceria público-privado, estamos pensando no modelo ainda”, afirmou Montenegro.
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