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Confiança da indústria desaba em abril; cenário pode levar a ‘novas surpresas negativas’ diz FGV

Publicado pela ABTLP

Resultado da sondagem expressa efeitos nocivos da crise causada pela Covid-19, aponta economista.

A confiança dos empresários da indústria tombou em abril, após uma queda mais moderada no mês anterior. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador caiu 39,3 pontos no mês, ficando em 58,2 pontos. É a maior redução mensal do índice e seu menor nível desde o início da série histórica, em janeiro de 2001.

“O resultado da sondagem da indústria de abril expressa os efeitos nocivos da crise causada pela Covid-19 sobre o setor”, aponta, em nota, a economista da FGV Renata de Mello Franco. Ela ressalta, ainda, que o cenário para os próximos meses “pode gerar novas surpresas negativas caso se mantenha o nível de incerteza elevada”.

A queda na confiança registrada em abril atingiu todos os 19 segmentos industriais pesquisados.

Houve piora tanto das avaliações sobre o momento presente quanto em relação ao futuro. O Índice de Situação Atual recuou 31,4 pontos, para 67,4, enquanto o Índice de Expectativas caiu 46,6pontos, para 49,6. Ambos atingiram o menor valor da série histórica da FGV.

Pelo segundo mês consecutivo, a maior contribuição para a piora do índice de Expectativas veio das previsões sobre a produção nos próximos 3 meses. Em março, 22,5% das empresas previam nível menor de produção nos 3 meses seguintes – em abril, essa proporção subiu para 71,6%. Já a fatia das que prevêem nível maior caiu de 33,3% para 6,6% na mesma comparação.

Em relação ao momento presente, a parcela das empresas que avaliam a situação atual como ruim subiu de 21,4% em março para 59,9% em abril. Houve queda também nos indicadores de estoque e demanda, que caíram de 95,1 para 64,9 pontos e de 104,2 para 76,2 pontos, respectivamente.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) retraiu 18,0 pontos percentuais (p.p.), para 57,3%, também a maior queda mensal e o menor valor da série histórica.

Fonte: G1

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