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CONCESSIONÁRIA DIZ QUE CAIU NÚMERO DE CAMINHÕES EM TRECHO DO RODOANEL

Publicado pela ABTLP

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CONCESSIONÁRIA DIZ QUE CAIU NÚMERO DE CAMINHÕES EM TRECHO DO RODOANEL
Caminhoneiros reclamam do valor do frete e dos pedágios.
Sindicato diz que houve queda no volume de cargas transportado.

Uma pesquisa da concessionária SPMar mostra que o número de caminhões circulando pelo trecho Sul do Rodoanel caiu 14% embora o movimento tenha se intensificado, como mostrou o Bom Dia São Paulo, nesta quinta-feira (18). No primeiro semestre de 2013, quase 29.743 veículos pesados rodavam diariamente pelo trecho. Já no primeiro semestre de 2014, foram 25.586 caminhões por dia.

Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que, no mesmo período, o número de multas aplicadas aos caminhoneiros nas marginais também caiu. No mesmo período foram 30,2 mil multas a menos.

A reportagem do Bom Dia São Paulo foi ao Terminal Fernão Dias, onde ficam as agências que contratam caminhoneiros autônomos.

Além de usar o megafone, as agências colocam as ofertas de frete em cartazes. O corredor fica cheio de motoristas à procura de trabalho, mas, na maioria das vezes, o caminhoneiro prefere ficar parado. Rubens Costa, caminhoneiro há 44 anos, está há 15 dias esperando aparecer uma viagem que compense fazer. “Tem frete que não compensa. Você vai ir e vai dar prejuízo. Não compensa carregar”, afirmou.

Edelson José de Almeida, que é dono de agência de frete, notou uma queda no número de mercadorias a serem transportadas e uma defasagem no valor do frete. “Está tendo muita pouca mercadoria para ser transportada, então, o frete defasou muito. Até uns dois ou três anos, passava no terminal de cargas até 1,2 mil caminhões por dia. Eu até carregava 300 caminhões por dia. Hoje não estou carregando 40 caminhões”, afirmou.

Para o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), o setor é um verdadeiro termômetro da economia. “[A queda do movimento] Está diretamente relacionada ao movimento da economia. Nós sentimos essa diminuição, entre 2013 e 2014, de 7,7% do volume de carga, que está diretamente relacionada ao número de caminhões que você conseguiu fazer o levantamento. [Os caminhões] estão parados. Há uma baixa. A gente também põe a culpa na Copa, porque a Copa diminuiu todos os volumes”, afirmou Manoel Sousa Lima.

“Não tem mais condições de trabalhar dentro de São Paulo. A turma está optando para ir pelo Rodoanel. Só que são 100 km a mais pra acessar a Castello Branco, mais pedágio e o frete não tem mais condições de rodar por aí”, afirmou o caminhoneiro Fernando Sousa.

Fonte: G1