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Carga aérea recua no Brasil, mas UPS cresce 30% ao ano

Publicado pela ABTLP

carga aéreaNo ano passado, quando o PIB cresceu cerca de 1%, o transporte de carga aérea encolheu, mas a americana UPS, uma das maiores empresas de transporte aéreo de cargas e logística do mundo, continuou crescendo – a uma taxa anual de 30% desde que chegou ao país, há seis anos. E em 2013, há potencial para o seu faturamento crescer dois dígitos, diz a sua presidente no Brasil, Nadir Moreno.

Como parte da meta para alcançar esse resultado, a empresa anuncia hoje um novo produto no país. “Nossa estratégia é continuar crescendo no Brasil, que tem demonstrado ser um país de oportunidade, um país estável. De certa forma, provou que, mesmo com a crise, tem se posicionado de uma maneira muito mais estável que países da Europa e dos Estados Unidos”, afirma a presidente da UPS no Brasil, Nadir Moreno. A empresa americana não divulga resultados por países, só os divide em mercado internacional e Estados Unidos.

O novo serviço foi batizado como “UPS Worldwide Express Freight”, que entrega de documentos de pequenas empresas, de quaisquer setores, até autopeças para a indústria automotiva. O prazo de entrega oscila entre cinco e sete dias, para 41 destinos no mundo, a partir do Brasil. A coleta e entrega da remessa é feita pela UPS, no sistema conhecido como porta a porta.

Nadir conta que, desde que assumiu a presidência da UPS no Brasil, há seis anos, o faturamento do país tem mostrado crescimento anual de pelo menos 30%.

No terceiro trimestre de 2012, a UPS anunciou o maior lucro operacional da história no mercado internacional, para o período. Foram US$ 449 milhões, ou aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2011. Nos Estados Unidos (EUA), em contrapartida, o resultado recuou 87,7%, de US$ 1 bilhão para US$ 129 milhões.

De janeiro a setembro, o lucro operacional fora dos EUA acumula recuo de 4,7%, para US$ 1,3 bilhão. No seu mercado doméstico, o lucro operacional da UPS recuou 22,8% nos nove primeiros meses de 2012, para US$ 2,25 bilhões. No total, o resultado ficou em US$ 4,1 bilhões, um recuo de 15,5% ante janeiro a setembro de 2011. O lucro líquido da UPS, de janeiro a novembro, recuou 17%, para US$ 2,55 bilhões. A receita total, na mesma base de comparação, aumentou 1,6%, para US$ 39,5 bilhões.

Os dados mais recentes da Infraero de movimentação de cargas aéreas mostram que esse setor passou por um recuo em 2012. De janeiro a novembro, a redução é de 11,15%, em relação a igual período de 2011. São 967,9 mil toneladas ante 1,089 milhão de toneladas nos 11 meses de 2012, considerando-se os terminais de logística e carga da Infraero (Tecas).

“O Brasil é um dos 20 maiores mercados do mundo para a UPS”, diz Nadir. Segundo ela, o país integra o que a UPS chama internamente de “países de oportunidade”, ao lado de China, Índia e Rússia, entre outros. São países com taxas de crescimento acima da média mundial. O novo produto que a UPS lança só passou por uma fase de testes na China, com exportação para 11 países, sendo um deles o Brasil.

“A UPS e TNT, no Brasil, operam de forma independente e são concorrentes”, disse Nadir, ao ser questionada sobre o andamento, no país, da fusão entre as duas companhias, anunciada em março de 2012 (ver ao lado). Segundo ela, não houve mudança administrativa ou estratégica por causa da negociação. Em quantidade de trabalhadores e frota terrestre a operação da TNT é maior do que a da UPS no Brasil. A UPS no Brasil tem 3 mil funcionários, com 89 veículos terrestres, entre caminhões, motos e vans. A TNT tem oito mil funcionários e 2,3 mil veículos terrestres próprios.

A UPS opera no país duas aeronaves da Boeing, modelo 767, versão cargueiro, com oito voos por semana. Em todo o mundo, a frota da companhia é composta por 704 aeronaves. A TNT, por sua vez, não tem frota própria de aviões no Brasil. Por meio de acordos, usa o compartimento de carga de aviões de companhias aéreas de voos regulares.

Fonte: 15/1/2013 – Valor Econômico

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